COPA DO MUNDO

 

Com camisa própria e futebol pobre, Coreia do Norte perde para a Venezuela

Primeira adversária do Brasil na Copa do Mundo da África do Sul, seleção asiática sofre gol infantil no fim da partida

 

Em uma partida de baixo nível técnico, a Coreia do Norte, primeira adversária do Brasil na Copa do Mundo, perdeu por 2 a 1 para a Venezuela, neste sábado, em amistoso na na cidade de Puerto La Cruz. O resultado não foi o mesmo de três dias atrás, quando as duas equipes atuaram em San Felipe e ficaram no 1 a 1. No entanto, o futebol apresentado pelos asiáticos foi igual: pouca inspiração e muita transpiração. Para piorar, o gol do triunfo dos anfitriões aconteceu após uma falha infantil da defesa norte-coreana. 

 

Agência/Reuters

 

 

A equipe venezuelana, que não contava com muitos de seus principais jogadores, teve muitas dificuldades para vencer a marcação da Coreia do Norte, que não mostrava qualquer cerimônia quando precisava usar a força de marcação. Assim, houve muitas jogadas ríspidas e faltas feias. 

Empate na base da vontade e falha bisonha 

No segundo tempo, o panorama seguiu o mesmo. A Venezuela dominava a partida, mas em incomodar muito. A Coreia do Norte ia na base da vontade. E foi assim que os asiáticos chegaram ao empate aos 22 minutos. Após cruzamento de Kim Kum-Il pela esquerda, Mun In-Guk tentou duas vezes, mas conseguiu superar o goleiro adversário. 

O empate pareceu ter agradado os visitantes que diminuíram o ritmo e seguraram o marcador até os 45 minutos do segundo tempo quando o zagueiro Pak Chol-Jin cometeu uma falha bisonha. Após cobrança de escanteio, o defensor, de forma infantil, testou contra o próprio patrimônio como se estivesse tentando fazer um gol. Cha Jong-Hyok cortou em cima da linha mas Sanchéz, bem colocado, marcou o gol da vitória venezuelana. 

A Coreia entrou em campo com a seguinte equipe: Ri Myong-Guk, Ri Jun-Il, Pak Chol-Jin e Ri Kwang-Chon; Cha Jong-Hyok, Kim Yong-Jun, Mun In-Guk, Pak Nam-Chol e Ji Yun-Nam; Choe Kum-Chol e An Chol-Hyok. Esse deve ser praticamente o mesmo time que estreará contra o Brasil no dia 15 de junho, em Joanesburgo. Os únicos jogadores que podem entrar nessa escalação são os quatro que defendem equipes estrangeiras (três atuam no Japão e o outro, na Rússia). Eles se juntarão ao grupo para o amistoso contra o México, dia 17, na cidade de Torrejón. 

Até o Mundial estão programados vários amistosos na Europa e na África, além de período de treinamentos na China. Todo o elenco ficará concentrado até a Copa, excetuando-se os quatro atletas que atuam fora do país.


O segundo amistoso da Venezuela pouco empolgou a torcida local, que não esteve nem perto de encher o Estádio José Antônio Anzoátegui. A Coreia do Norte, que disputou o primeiro jogo usando o uniforme reserva do rival (26 malas da delegação foram extraviadas no trajeto Paris-Caracas), desta vez entrou em campo com camisas confeccionadas às pressas, já com a bandeira do seu país do lado esquerdo do peito. 

Norte-coreanos desatentos 

Embora mais descansados após um dia apenas de treinamentos, os norte-coreanos começaram a partida mais desatentos. Antes mesmo de ensaiarem qualquer jogada ofensiva, sofreram o primeiro gol aos sete minutos, depois que o lateral-esquerdo Granados acertou um chute de fora da área. 

O técnico Kim Jong-Hun optou por uma formação ainda mais cautelosa do que na primeira partida. Desta vez, a bem ensaiada defesa se fechava com uma linha de cinco jogadores, além de três no meio e dois no ataque. No entanto, as opções ofensivas voltaram a se resumir nos pés dos habilidosos meias Mun In-Guk e principalmente do baixinho canhoto Pak Nam-Chol.